segunda-feira, 21 de julho de 2008

Saudaaadee

Queridos e queridas, como vão?? bom, quem escreve aqui é o baiano (Thomaz para os baianos) que não abandonou este blog. O que acontece é que João é mais exagerado que todas as tias velhas da face da terra, e quem o conhece sabe disso, vou só explicar o que se passa com a freqüência desse blog:

O ritmo de acontecimentos e coisas aqui são muito acelerados, a conexão da internet aqui tem vontade própria e eu comecei a achar massante escrever e descrever um dia inteiro. O João tem mais postagens que eu por uma razão óbvia: até ele começar a gostar daqui a única coisa que fazia a noite era escrever no notebook (afinal o ócio é comprovadamente o mais criativo dos momentos), na última semana e meia ele passou a entrar no ritmo de entrosamento e também deixou de lado o blog.

Sobre as novidades, João foi em Buenos Aires esse fim de semana e eu vou no próximo, como ele foi por agência de turismo não deu pra irmos juntos, eu vou dormir em albergue com algumas garotas amigas minhas. Estou bastante ancioso por essa viagem, pois o pessoal que foi me falou muito bem de Buenos. Nessa viagem eu descobrí que quando puder viajar, sempre irei optar pela America Latina (na dúvida escrevo com maiúsculas), pois é incrivel como as nossas culturas e realidades são tão iguais e tão diferentes ao mesmo tempo (se Deus quiser até me formar junto uma grana e vou pra Machu Picchu (dúvidas de novo sobre a escrita) de mochila).

Falando sobre a cidade, a rotina é muito estranha, o comércio que só fecha às 20 horas, o pessoal que só janta às 22h, a balada que começa muito tarde (impossibilitando sair durante a semana). A falta de placas "Pare" nas ruas e o fato de eles não usarem freio de mão ao estacionarem os carros me estarrecem, primeiro que sem uma placa sinalizando o trânsito fica um caos total e segundo que como não há freio de mão, as pessoas empurram os carros um pouquinho pra frente dando o famoso "totó" no parachoque alheio, não há uma frente sem arranhão. Outra coisa engraçada é o cumprimento, os caras aqui se beijam nas bochechas tranqüilamente, como não tenho problemas com relação a isso, tudo bem, mas que é estranho beijar barbado, isso é. As bebidas argentinas não agradaram, exceto o mate (que imagino ser como o chimarrão gaúcho), o café é horrível e as bebidas alcoólicas típicas daquí são muito amargas, parecem remédio; o único porém é o fato de pagar o preço de um vinho barato brasileiro e beber vinhos muito bons (malbec, por exemplo), a comida é muuuuiiiito diferente, aqui arroz é comido como salada (gelado), sendo assim, da turma de brasileiros só uma casa domina a técnica de não empapar o arroz e graças ao baianismo e ao meu talento de me enturmar, sou amigo das garotas que fazem o arroz.

A alimentação era minha grande preocupação aqui, mas o pessoal coznha bem demais, então nesse mês já comí macarronada, fundue, sopa, bife, milanesa e até strogonoff (sei lá como se escreve isso).

Mudando de pau p/cacete

É engraçado como a rotina faz gerar amizades em tão pouco tempo, das sessenta pessoas que estão comigo no hotel eu só conhecia realmente duas, e hoje posso me gabar de ter feito algumas amizades que tem tudo para se tornarem grandes com o passar do tempo. Mesmo que não se tornem, vai ser com imenso prazer e carinho o jeito com que vou me lembrar daquí e destas pessoas. O appart em que estamos se tornou uma grande república de brasileiros no meio da cidade considerada "o berço da bandeira Argentina", nos visitamos entre sí, como o João citou anteriormente já brigamos, já nos reconciliamos e temos feito desta viagem um marco inesquecível para todos

Gente, o mate tá acabando e o café de onde estou escrevendo vai fechar, então eu só queria dizer que a saudade é a características que une a maioria, até mesmo o joão, do alto da sua montanhesa já chorou, meio timidamente e escondido, mas eu ví bem. Então eu queria deixar um grande beijo para as famílias que se unem tanto pelo sangue como pelo amor que sentimos.

Bjus e abraços, Baiano

sábado, 12 de julho de 2008

Queria deixar bem claro o motivo da falta dos post, primeiro que estamos lotado de coisa na UCEL, e o tempo nesse país parece andar o dobro do normal. Segundo que as coisas aqui acntecem muito rapido seria necessario uns 3 blogueiros para ostar aqui, infelizmente so tem eu :S, afinal o Thomaz abandonou o blog. Mas dou minha palavra que amanha eu posto um resumao da semana, e tambem vou ver se consigo deixar algumas fotos. Bjaum Brasil

Brasil 1 x Argentina 0

Hoje após a aula fomos fazer um “city tour” na cidade de Rosário, conhecemos vários lugares interessantes, tentarei falar um pouco de cada um deles. Visitamos tudo com o belo ônibus de dois andar, e tivemos a presença do guia Iban (Ivan em português) um cara de mais de 2 metros de altura que nos levou a cada ponto turístico.

O primeiro foi a praça da bandeira um lugar onde se encontra um observatório (será meu rumo domingo) alem de outras coisas de praça normal. Logo após essa praça se encontro o maior monumento feito a uma bandeira, lugar maravilhoso, ponto onde todos os turistas ficam extasiados tirando suas fotos (maioria para deixar no Orkut), marco histórico onde a bandeira da Argentina foi erguida pela primeira vez.

Esse monumento foi engraçado em diversos aspectos, no momento de algumas fotos eu comecei agita o pessoal para tirar uma foto com o grupo todo foi muito massa, pois ajuntamos todos em momento de descontração e distribuímos gargalhadas, também agitei um coro uniforme dizendo “BRASIL”. Mais a dentro do monumento encontramos um grupo de colegial, que começaram a tirar sarro e seguir a gente, começaram a tirar fotos com a gente. Todos estavam apreensivos sobre os pivetes que nos seguia, foi então que eu arrisquei uma conversa, e parece que o guri curtiu, quando perguntou de onde eu era, eu respondi Russia!

O menino que parecia líder de sua “gangue” começou gritar Rússia, logo todos os outros começaram a nos seguir e gritar o “nosso” país em todos os lugares. Pronto já tinha convencido uma legião de argentininhos. Depois dos meus fans me seguirem paramos nas estatuas e tiramos mais um monte de fotos e novamente eu agitei o pessoal (sou foda mesmo hein) a cantar o hino nacional, transformando aquele ícone argentino e um lugar 100% brasileiro.

Depois do monumento rumamos ate a ponte que liga Rosário a Victoria, quase uma Golden Gate em miniatura, tiramos fotos e saímos rumo ao apartamento, todos já morrendo de canseira, afinal foram mais de três horas de city tour.

A noite o pessoal do curso resolveu fazer um esquenta no apartamento de cima do nosso. Chegando la dei de cara com um dos caras caído no chão, corri pega-lo e por numa cadeira. Mas tarde descobrimos que um dos carinhas do andar de cima tinha socado ele. Depois dessa infantilidade resolvemos ir para o outro apartamento, afinal la o pessoal sabia se comportar como gente. Quando chegamos la descobrimos que o agressor estava arrumando briga com um cara do nosso quarto. Desci la no andar para ver o que acontecia. Chegando la vi um dos backstreetboys (nome dado ao povo daquele quarto) discutindo com o Lucas. Ao me ver chegando o carinha do quarto ficou meio apreensivo e parou de dar chilique (aiii bem), com isso voltamos todos junto ao apartamento para dar muita risada.

Resolvemos ir todos para uma balada, chegando la descobrimos que as pessoas que estavam com a gente não podia entrar (afinal todas as baladas são para maiores de 21 anos), so que eu com esse tamanho e com essa cara nunca sou parado em lugar algum. Após o nervosismo do esquenta e do stress na porta da balada causado pelas pessoas que não puderam entrar, voltamos e fomos dormir, afinal a vida noturno aqui e cansativa.

Peço a todos compreensão pelo atraso dos texto, mas to tentando fazer o possível. Bjus a todos. Saudades da terrinha, enquanto isso vou tirando sarro desses manes daqui. Se alguém ver meu cachorro da um abraço nele por mim.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

dia 3 visto por Thomaz....

Olá a todos, como vão? espero que bem, depois de ouvir uma bronca de João (e com razão) sobre não fazer as postagens com freqüência, vou falar do dia 3, de uma forma geral, uma vez que ele descreveu muito bem as coisas. Antes das sagas diárias gostaria de esclarecer alguns detalhes que tinha me passado. Uma delas é sobre a linguagem dos textos por vezes parecerem desrespeitosas ou coloquiais; o que acontece é que os textos escritos por mim são escritos em um clima de descontração e acabo por falar de um jeito meio estranho para meus pais, por exemplo. Quero também pedir desculpas à pobre gerente do Itaú, pois em um momento de nervosismo me referi a ela de uma maneira que pouco me refiro às pessoas. Um último esclarecimento é sobre o fato de que todos os textos contêm referências à bebidas alcoólicas, não pensem que estamos em uma aventura alcoólica interminável, o que acontece é que principalmente a maneira com que se vendem as bebidas aqui nos surpreendeu, por isso chamamos a atenção para isso, mas saibam que estamos estudando muito, 5 horas por dia, além de passeios ao centro pela tarde (vida duuuura!).

DIA 3

O dia da primeira aula foi, claro, de ansiedade, pois conheceríamos as pessoas que nos darão aula por todo o mês. Acordamos, já com “La plata”, e fomos ver a apresentação formal dos “maestros”, que me pareceram bastante formais e sérios, reforçando a fama de argentinos frios. Fizemos o pagamento, conhecemos a universidade e fomos ao almoço. Graças a Deus somos amigos de mulheres prendadas, que além de terem feito compras, fizeram um macarrão divino. Aliás, desde que fui na Bahia não tinha uma refeição decente como essa. Depois da cesta (sim eles fecham o comércio a uma da tarde e reabrem às quatro para fecharem oito da noite de novo, incrível!!) fomos a aula e tivemos uma pequena apresentação com uma professora que é igual à presidente da argentina e tivemos uma aulinha. O bom é que na divisão de turmas fiquei com apenas um conhecido, portanto não tenho como fazer fofocas durante a aula (rsrrsrssr).

Depois da aula, fomos às 20 horas a uma confraternização promovida pela facul. Primeiro foi só um lanche, salão iluminado, refrigerantes e os professores muito sérios. Eu e Matheus (amigo de Maringá) começamos a conversar com a responsável por nosso comportamento (à primeira vista bonita e antipática, mas depois me apaixonei rsrs), ela tem uns 28, dá aula de inglês, fala português e adora novelas brasileiras; com cinco minutos de conversa estávamos rindo muito e o besta aqui de quatro por ela (mas sem demonstrar muito, sou tímido nessas horas, acreditem!).

A partir das nove o DJ começou os trabalhos e de repente ouvimos os primeiros versos de uma música clássica no cancioneiro brasileiro: “nêga do cabelo duro, que não gosta de pentear...” a comoção foi geral, e o repertório que se seguiu estava recheado de “é o tchan”, “tchaca bom” e essas bandas que fazem sucesso com uma música e se perdem (ah! Teve Ivete também), além de muita lambada, até arrisquei um pouco, o pessoal se ilude com o fato de eu ser baiano, acham que sei dançar (rsrsrsrrsrr). Como bons brasileiros, dançamos e nos divertimos muito apesar da música, até João ensaiou alguns passos, mas logo foi embora. Que ele não me ouça, mas acho que fica meio mexido com o fato de não poder beber conosco e a festa era Open Bar (Budweiser), ao mesmo tempo é bom ter João sóbrio ao lado, pois ele funciona como a minha consciência: “Baiaaaano, vai devagar!”, aliás, não há um melhor companheiro de viagem diga-se de passagem.

Um tempo depois começou “La cumbia!”, música típica local, os passos são muito parecidos com forró, porém mais devagar e mais sensual. Um dos nossos amigos (Jean) dança demais e era o único que arriscava uns passos, até que as professoras começaram a se divertir e dançar entre si ou com as garotas brasileiras, mais extrovertidas que os “cuecas”. Como bons homens que somos, não podíamos deixar tal pecado se suceder e quando eu já tomava coragem para começar a fazer o que a timidez sempre me impediu, a simpática Eliana (professora por quem me apaixonei) estendeu as mãos e me tirou para dançar (auhauahauhauahuhauahuahauahuahuaauahuah, gordo é foda!) ihhh, aí o baiano se espalhou, depois de uma música todos já arriscavam alguns passos e nosso amigo dava um show a parte no salão, mostrando a força do sangue latino.

Depois de dançar até na boca da garrafa, todos quebraram o gelo e se entrosaram (até demais, rsrsrs) com os outros “brazucas” e com os professores também! O fim da festa coincidiu com o fim do jogo da libertadores e a minha felicidade foi enorme ao saber que os fru-frus do “pó-de-arroz” perdeu e provou que quem nasceu pra plebeu não pode ser nobre (rsrsrsrrsrsrsrs). Segui ainda para o apartamento de Vanessa, minha veterana favorita e companheira de CAC, conheci melhor as outras garotas que dividem com ela e acabei fazendo novas amigas.

Como fomos todos dormir tarde, era óbvio que no outro dia se visse almas penadas no lugar de estudantes, e assim aprendemos mais uma lição com a UCEL, “no se hace fiestas en miércoles!(quarta-feira)”, mas o dia seguinte é tema para uma outra hora. Até amanhã e prometo maior assiduidade.

Amo todos os familiares e amigos, comentem e me façam sentir próximo de vocês, comentem no blog!!!!!

Fuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiiiiiiiiii!!!!!!!!

Dia 4

Uma volta em Rosário

Estou aqui denovo escrevendo dessa vez mais cedo e com todos reunidos, hoje aconteceu alguns problemas com uma das meninas, mas tudo esta tudo bem agora. Hoje foi um dia cansativo para todos, tivemos aula e passeio pela cidade, quase três horas de caminhada. Temos alguns deveres para amanha o que impossibilitara um texto maior, então vou ser breve em contar sobre os problemas de Rosário.

Aqui em Rosário não existe lei de transito, o que acaba tornando o trafego muito caótico, carros que avançam sem ver o que tem na frente, usam o pisca alerta como seta, estacionam de maneira estranha e buzinam por tudo. Isso é uma das coisas que me faz orgulhar do Brasil, apesar de ruim o transito é infinita vezes melhor que o daqui. Mas estou acostumando com tudo ainda.

Outra coisa que achei ruim para a cidade, porem muito bom para mim, foi o grande numero de cachorros pela rua, mas não aqueles vira-latas do Brasil e sim cães como sharpen, akita e dálmata, todos em ótimas formas, ao contrario do Brasil que tem um mendigo por esquina, aqui e com cachorros, o único problema e as merdas que tem na rua.

Aqui do lado do hotel tem um manicômio, eu estou louco para entrar lá ver como é as coisas daqui, mas me falta espanhol e coragem. Mas tenho tempo ainda.

Hoje encontrei três pessoas que sabiam falar português, uma garota meio japinha do Paraná, um hippie que já tinha morado em Pernambuco e dizia toda hora “caralho, massa, legal e caralho novamente” (eita povo que gosta disso, HAUaahshaush) a outra foi a moça da lanchonete que namorava um brasileiro e sabia falar um pouco, graças a ela consegui muitos endereços de casa de show (não puteiro, mas casa de show de rock).

Alem disso encontrei duas figuras por aqui, primeiro um ventriloco que fazia um show com um boneco de um senhor idoso e pobre, uma historia triste que no fim acabava muito engraçada, foi muito bom o show dele, a outra criatura foi um rapaz vestido de Jack Spearrow que cobrava dois pesos por foto ( o tonto achou que iríamos pagar e caiu do cavalo).

Vou termina minhas atividades, ate a proxima, e não liguem pelos erros de português, afinal estou fazendo isso no tempo livre que me resta (que e muito pouco), e escrevendo tudo que me vem a cabeça. Boa noite Brasil.

Por João Lopes

Dia 3

As luzes da cidade

Hoje foi o primeiro dia de aula, e pra variar foi muito engraçado, um dos meninos que estou dividindo o apartamento fez com que a aula ficasse mais engraçada ainda. O pessoal da faculdade foi muito simpático com a gente e nos fez sentir muito bem.

Hoje também foi o primeiro dia em que saímos para as festas daqui, fomos a uma boa vinda feita pela faculdade. A festa começou com um jantar servido as oitos e se prolongou por toda a noite transformando o ambiente em uma balada. É incrível a visão que o pessoal daqui tem de nos, acha que o Brasil e só putaria e samba (ops! Não é?) a noite toda foi regada a samba e funk, ambiente totalmente diferente para mim, porem me arrisquei a dançar alguma coisa (muito mal por sinal). Depois de algumas dança e até um trenzinho igual daqueles de festa junina puxado por mim a idade começou a pesar, apesar de ter apenas 20 anos, não consigo acompanhar o animo do pessoal.

Decidi ir embora, mas ao invés de ir direto para o apartamento dei algumas voltas pela bela Rosário, e incrível como numa plena quarta-feira a cidade fica alvoroçada, todos os estabelecimentos cheio, gente que não para de chegar, inúmeras casas de show e restaurantes todos lotados. Mas me faltava disposição para continuar meu passeio solitário, então resolvi voltar para o apartamento.

Fiquei da sacada admirando as luzes da cidade que falavam alto demais, como e belo, um caos frenético em plena meia-noite e o mais fantástico e que essa correria só parece aumentar. Eu um garoto vindo de um fim de mundo como Piracicaba não acostumei com tudo isso.

Outra coisa que me chamou a atenção é de como o povo argentino é socialista, de como o povo tens fascinação pelos ídolos do socialismo, como o baiano disse “o pessoal e quase neonazista”. Todos os postes e monumentos têm frases e grandes nomes, locais que são multinacionais são depredados pelos socialistas. Mas nem com isso a cidade deixa de ser mais bela.

Eu estou aqui mais uma noite sozinho no apartamento, enquanto todos os outros estão a divertir na “baladinha”. Acho que eles vão esticar a noite em uma boate de salsa, mas minha velhice não permite acompanhá-los (isso porque só tenho 20 anos). Prefiro ficar aqui com a companhia desse velho notebook e ouvir algumas musicas. Ate as musicas que eu ouço em Piracicaba soam melhor aqui, talvez seja pela grande multidão que avisto logo abaixo de mim.

Dizem que faz frio aqui, mas estou aqui na sacada iluminado apenas pela luzes de outdoors e fachadas ao meu redor e não sinto nem um pouco desse frio. É interessante como esse blog e uma terapia, alguns minutos aqui consigo suprir a falta de inúmeros sentimentos, como amor, amizade e carinho, coisas que só posso encontrar de verdade ai.

Sexta feira vamos conhecer os pontos mais interessantes daqui de Rosário, espero no caminho encontrar uma casa de shows de Heavy Metal, só agora eu vejo a falta que essa merda me faz. Pretendo ate sexta montar uma galeria com as imagens da minha viagem por aqui.

Tenho que ir agora fazer minha primeira lição de casa (quanto tempo num tinha isso) e ver se durmo um pouco, pois os dias aqui são muitos cansativos. É incrível que as coisas aqui não parece ter fim. No exato momento em que escrevo esta parte chega um dos moradores do nosso apartamento extremamente bêbado contanto suas aventuras amorosas na balada, logo atrás a comitiva dos bêbados, será que eu era tosco assim quando bebia?

Eles insistem a sair mais ainda, desejo a eles muita sorte pois eu fico aqui escrevendo e vendo os neons que brilham nos outros prédios. Eles parecem piscar de uma forma simétrica, parece uma dança organizada, mesmo algumas das letras não pegarem. Amanha pretendo sair por ai, de preferência sozinho de novo, pois somente assim conseguirei entender as coisas.

Bom dia a todos de Brasil, são 1:30 da manha e tenho que deitar para ter forças para amanha.

Por João Lopes

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Sangue em Rosário

O inicio do terror Essa é uma história baseadas em fatos reais, qualquer semelhança e pura verdade.

Era uma tarde ensolarada na cidade de Piracicaba e João Lopes estava mais uma vez atrasado para sua aula, mas dessa vez estava muito feliz pois há uma semana atrás havia ganhado uma passagem para conhecer Rosário uma cidade muito longe de sua terra, uma cidade em outro país, esta era sua ultima noite no Brasil, ele estava rumo á Argentina.

Um menino muito extrovertido, João sempre foi de fazer muitas amizades, mesmo com seu jeito desengonçado e seus um metro e noventa o garoto sempre andava em turmas. Após receber a noticia da viagem foi correndo contar ao seu amigo Dorival Andrade, um baiano muito preguiçoso que João conheceu em sua faculdade, o garoto nordestino ficou espantado ao saber da viagem, e disse que exatamente nessa data iria encontrar com um amigo que também morava na Argentina. Espanto tremendo para os garotos que alem de amigos, agora eram companheiros de viagem.

Na manha do dia os dois encontraram-se na rodoviária e seguiram ate sua primeira parada, o albergue “Pousada Vermelha”, nome excelente para os fatos que viriam ocorrer nele futuramente, mas voltemos a viagem.

Já na primeira parada do ônibus na cidade de “Sucrilhos” os garotos conheceram três garotas que estavam perdidas e desesperadas na estrada. Após muita conversa decidimos pegar algumas de nossas despesas e pagar um bilhete para as moças seguirem ate a próxima estação, porem após um erro do motorista ao escrever a passagem, acabou colocando-as na mesma rota que a nossa, o albergue. Com isso Clara, Patrícia e Ana ajuntaram a nossa dupla tornando-a um grupo. Entraram no ônibus lotado e seguiram ouvindo a historia das garotas que foram abandonadas na estrada pelo motorista de uma van na qual elas haviam pegado para visitar a capital.

Seguiram assim ate o meio do caminho, onde cada parada que o ônibus fazia ele acabava se esvaziando mais e mais. No final de tudo sobrou somente os cinco, um senhor muito atento com tudo, um garoto mirrado que mais parecia um mendigo mal agasalhado sofrendo com o tremendo frio que aquelas sombrias e noturnas estradas ofereciam e um jovem bem característico, um típico rapazote de 20 anos freqüentador de academias. Pessoas que ao longo da viagem foram se enturmando, primeiro foi Jefferson um senhor de 35 anos que estava indo para o albergue e ao ouvir a historia das meninas acabou solidarizando com a causa e prometeu que ao chegar em “Foça da Iguana” pagaria passagens de volta para as moças. Depois disso o foi a vez do rapaz mirrado que veio pedir um agasalho emprestado para enfrentar o frio. O nome dele era Sergio e estava no ônibus sem rumo, afinal era um garoto de rua sem casa e sem rumo, que ajuntou todo seu dinheiro conseguido no sinal e seguiu mundo afora. Agora eram sete.

Descendo em Foça foram surpreendidos por uma piada vinda de Thiago, que se apresentou e ainda fez mas algumas gracinhas sobre os longos cabelo de João. O grupo já estava formado, todos os oitos seguiram o rumo ate o albergue “Pousada Vermelha”.

O albergue localizava-se a mais de 20 quilometros da cidade em uma área rural, longe de tudo. Um caminho frio e escuro onde so podia se ver coqueiros velhos e outdoors com a clássica pintura de Da Vinci, a Monalisa, estas placas avisavam sobre uma loja na região que a muito tempo havia sido abandonada. Depois de muito tempo seguir andando na calada da noite e passando frio, os oito encontram ao fundo em meio aos grunhidos vindo da mata uma torre vermelha que emanava uma fumaça escura. Jefferson comparou com uma foto que tinha e afirmou, “ali estava o albergue”.

Um pouco mas de caminhada já podia se ver a faixada vermelha cor de sangue e a placa velha e abandonada, já tomada pela ferrugem que dizia “Sejam Bem Vindos”. Aquela construção antiga feita de tijolos a vista e repleta de teias de aranha era o local. Um local velho e quente como inferno, tinha como recepcionista um belo exemplar do sexo feminino que nos guiou ate nossos quartos, lugar bem distante de tudo enfrente ao um matagal. E nesse local abandonado e velho que se passara toda a historia, uma historia repleta de mistério e emoções. Não percam o próximo episódios.